ENTENDER A FÉ DO OUTRO PARA ALÉM DE NOSSAS CRENÇAS Sobre Adoração









Atom Egoyam já havia tratado de temas difíceis e desagradáveis no passado: O DOCE AMANHÃ em que ele apresenta, retrospectivamente, o desenrolar da dor de pais e mães que perderam seus filhos ainda crianças quando um ônibus escolar derrapa e cai em águas congeladas deixa todo espectador com a garganta seca. Comparando este filme a ADORAÇÃO, temos o fato da narrativa ser totalmente desconstruída, misturando cenas do passado e do presente sem que notemos claramente (mas isso é essencial neste filme) e lidar com dores por perda e incompreensão dos fatos que motivaram essas perdas.

Ele consegue ser extremamente atual quando trata da relação entre muçulmanos e atentados terroristas, que é um modo de ver de boa parte do mundo ocidental que se acostumou a olhar com desconfiança e medo os leitores e seguidores das palavras do Alcorão. É como se as Cruzadas não tivessem acabado e ainda hoje cristãos e muçulmanos se digladiassem até a morte de uns ou de outros.

Um jovem adolescente tenta saber quem foram seus pais, entender a cultura de seus ancestrais, conhecer a forma como os seus colegas o viriam se soubessem de quem ele é filho.

Este premiado filme canadense de um diretor egípcio reflete, entre outras coisas, sobre a intolerância e de como esta tem muitas faces e muitos lados. Nada tão profundo ou original, mas que tem seus méritos e pode atender às expectativas de muitos espectadores.

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